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Doutrina Positivista
CAPÍTULO IV
FUNÇÕES E DEVERES DOS GOVERNADOS –
Trabalho de Emile Corra - 1908, com Tradução e Comentários de P. A . Lacaz - 2004
O Texto em Francês, segue no Final do Artigo.
O bom senso e a filosofia da história, ensinam que a função
política, normal, dos governados, é de fazer conhecer as suas necessidades e
seus desejos, bem como vigiar atentamente, sem malevolência, o Poder; com o
objetivo de lembrar continuamente,
levando em consideração, o interesse público, afim de fazer uma escolha
judiciosa de mandatários ou Estadistas, exagerados em discutir o orçamento e de
colaborar, com os Governos, no cumprimento das leis.
A
liberdade é então absolutamente necessária aos Governados para exercitar sua
função.
É assim, que a liberdade de pensar, de falar, de escrever, de se reunir, e de se associar, cada vez mais, são as bases fundamentais, da ordem social moderna.
Mas a liberdade não é um princípio externo à Humanidade;
esta não é uma força natural independente de nós. É um fato social, contingente
e relativo; é o resultado das instituições humanas que foi concebido e fundado
pelo serviço, e pelo melhoramento da sociedade, e não com o objetivo de
favorecer as intenções e os meios, com pretensões de prejudicar ou ofender. A
liberdade é condicionada pelo interesse público; a liberdade não legitima, sem responsabilidade, nem o individualismo absoluto, nem a dissolução dos
costumes, nem a anarquia, e nem a coalizão contra os interesses gerais;
a liberdade esperou que estes malefícios, que não beneficiam qualquer um que
seja; e não podendo exercer-se, por muito tempo, pois que dependem da liberdade
dos outros.
Debaixo do simples ponto de vista econômico, a liberdade
desregrada, isto é, a liberalidade, não tem vantagens para os fortes; e não têm
sucesso a exploração e a servidão dos fracos. Porém, toda a obra da
civilização, é uma reação incessante contra semelhante fato.
Da mesma forma, não
saberiam considerar como intangível a liberdade que consiste em propagar conscientemente,
os enganos ou mentiras e as calunias, sobre todos aqueles que são investidos de
funções públicas, sob o pretexto de não compartilharem de suas opiniões
públicas ou de suas declarações públicas; e por isso, tendo o direito de
assimilar dos malfeitores, os seus ensinamentos.
Pelo contrário, este tipo de liberdade deve ser severamente
reprimido; por um lado, no interesse da dignidade da imprensa, que então seria
purgada do punhado de denuncias, nas quais, a única vantagem, consiste em
investigar os Estadistas, dos seus projéteis envenenados - egoístas; por outro
lado, pelo interesse em resguardar a moralidade e a ordem pública.
Com efeito, se a liberdade de avaliação for respeitável, o
governo o é ainda mais; ele se preocupa de mais com a harmonia social e ele é
assim tão prejudicial quanto absurdo, em tratar sem cessar estes seus
representantes, de forma privilegiada.
A menos de tudo, nenhuma razão social, não justifica a especial jurisdição instituída na França, pelas ofensas de imprensa, empregado em consideração aos homens públicos; o conhecimento destas ofensas seriam capazes, sem nenhuma inconveniência, serem restituídos ao tribunal de justiça de direto comum, com esta reserva que, nestes casos, os incriminou; conservando a faculdade de fazer a prova de suas articulações. Todos os interesses legítimos seriam assim salvaguardados.
Qualquer que ele seja, sem renunciar a qualquer das
liberdades públicas, tão afetuosamente conquistadas, sem desconsiderar para os
defender, com um ardor ciumento, contra as ameaças, das quais eles podem ser o
objeto; os governados devem ter certeza para os tornar odiosos, em abusando
deles; eles devem usar com sabedoria, para o bem da sociedade, como muito que
para seu, e nunca jamais, para banir do seu exercício, as considerações sociais
que justifiquem sua instituição.
É por que ele não tem situação de se alarmar dos excessos inevitáveis, o qual a prática da liberdade, dirige em tempos de transformação, quando isto é provocado pela paixão do aperfeiçoamento, mesmo utópico, do organismo coletivo.
«Freqüentemente, Montesquieu dizia: os Estados
florescem mais na passagem insensível de uma Constituição para uma outra;
naquilo em que eles não fizeram em uma ou em outra destas Constituições. É por
isso que todos os expedientes de Governo são armados; que todos os cidadãos têm
tendência, a atacarem e a acariciarem, e que ele – o Governo, tem uma nobre
disputa, entre aqueles que defendem a Constituição que declinou, e aqueles que
puseram avante aquela que prevaleceu» (1). Espirite de Leis, livro XI,
Capítulo XIV.
Todavia, nas Sociedades Ocidentais, - o controle do poder;
pela aglomeração do publico, se exerce principalmente por meio do eleitorado:
verificável função social (2), que deve ser preenchida com escrúpulo ou zelo e
com as circunstâncias perigosas, que todas as funções desta natureza demandam.
Ver Pierre Laffitte: Revista Ocidental, 1885, p.194,
Considerada
meritoriamente, a função eleitoral, consiste em manifestar de uma maneira
eficiente, as aspirações gerais, em fazer surgir os poderes políticos, para
distinguir os candidatos sinceros, dos exploradores da popularidade, à julgar
os mandatários conscenciosos, com
benevolência e respeito, para dar o apoio da opinião pública, aos homens
experientes e aos reais servidores do interesse geral ou público
Esta tarefa é freqüentemente muito difícil, é necessário em
ajustar-se, em razão do formigamento turbilhonar de personalidades ambiciosas,
que se agitam na hora dos períodos eleitorais. Porém, um critério permite aos
governados de limitar suas chances de engano; eles têm que repudiar todos
aqueles investigados, nas políticas, de meios de existência (1), todos os impostores charlatões do patriotismo, que especulam sobre o velho
instinto sanguinário e sobre a pueril vaidade dos povos, investigando os riscos
dentro da aventuras guerreiras, todos os demagogos e todos esses que fazem uso
de procedimentos, que a moral vulgar reprova. (1)
« A política não é um objetivo; ela especialmente não deve ser uma carreira
profissional; ela é um serviço público. A pessoa tem que permanecer na
atividade política, enquanto ela puder acreditar ser útil. - Waldeck-Rousseau”.
E julgada, pelo
seu Mérito e desde que esteja sempre
mantendo a Ordem e propagando o Progresso, sabiamente, subordinando o
Progresso à Ordem.
«Se há uma tendência que, mais que qualquer outra, seja hoje insalubre e repulsiva, diz o Presidente Roosevelt (Theodoro Roosevelt – 26o Presidente dos USA - 1901-1909 ), em uma excelente linguagem, que realmente se aplica a todos os povos; é a tendência de definir o simples brio, depurado de todo o sentimento de responsabilidade moral. Nós nunca faremos de nossa República; esta que deveria ser, tanto que, como povo, nós não consideraremos e não praticaremos como se fosse uma doutrina onde o sucesso é pelo horror, quando é adquirido às custas dos princípios fundamentais da imoralidade.
O homem que tem sucesso, em negócio, ou em política e que se projeta, sem remorso de consciência, desde de que tenha sido educado para possuir o sentimento de brio/vergonha, isto é, tenha sua Honra aguçada, e de não trapacear seus vizinhos com a ajuda de fraude e de enganos ou mentiras; com uma audácia e um artifício desprovido de todo o escrúpulo, recebe, em favor da sociedade, a atitude de uma perigosa caça bravia. A admiração vil e excessiva que uma tal carreira coleciona entre esses que pensam de lado, ou não no todo, faz deste modo restituir este forte sucesso, podendo ser a mais perigosa de todas as influências que ameaçam nossa vida Nacional. A bandeira de nossa conduta pública privada, nunca será içada ao um nível digno, onde o peso, de uma opinião pública hostil, não se fazendo sentir ao patife, que saiu bem sucedido, até mais vigorosamente que o patife que chega pela sorte» (1). Artigo do Século, junho de 1900: em A Vida Intensa – Editor Flamarion, pág. 36,
Por outro lado, os governados não devem ser iludidos sobre a
natureza e a importância do papel que eles têm para com a atividade
política.
Eles já mais tem a sinceridade para acreditar que eles
possuem uma soberania infalível, capaz de tudo pela superioridade afetar; mas
eles devem, além disso, compreender que de acordo com a observação de Augusto
Comte, o vício radical do voto
universal ou restringido, é de instituir o julgamento do Homem Superior- Escol,
pelo inferior, e que em geral eles não são mais competentes para ditar as
soluções aos Homens de Estado, aos Estadistas; o mesmo seria, mutatis-mutandis,
no caso de doentes, terem que ensinar aos médicos, quais os tratamentos ou
procedimentos, que estes deveriam neles aplicar.
Eles têm que se limitar a sinalizar seus males, para
formular das aspirações razoáveis, à fazer conhecer suas opiniões, sobre as
medidas avaliadas ou projetadas, sem pretender impor imperativamente esta ou
aquela solução.
Por mais forte razão, os governados devem a eles mesmos, em
solicitar a ação de reclamar da extensão da função eleitoral, em querer aplicar
à nomeação dos funcionários da ordem Executiva. Entretanto, pelo contrário,
eles seriam melhor inspirados, em se esforçar em obter:
a)
que a quantidade de
Deputados fossem reduzidos em uma proporção considerável;
b)
que a iniciativa, do Poder Legislativo, sendo reservado
ao Governo, isto é, ao Executivo, que por sua vez é forçado a renunciar as Leis
de interesse geral, para as quais as Assembléias representativas, órgãos de interesses locais, fonte inevitável de obstáculo;
c)
e que
estas Assembléias tragam consigo, para sua atividade normal, o essencial (1),
isto quer dizer, a vigilância do governo e o severo controle fiscal dos
orçamentos. (CPIs) Porque o pulsar perpétuo de interesses, uni à culpável
agilidade, com aquelas que os
Parlamentos procedem ao exame de proposições das contínuas despesas, agravando
continuamente os tributos dos contribuintes, e ele em conseqüência, por sua
vez, gera uma intranqüilidade crescente para as gerações presentes e uma ameaça
de angústia para as gerações futuras. (1) - «o
papel das Câmaras é de exercer um controle incessante sobre os atos dos
Ministros; mas este papel não é de inverter a posição, isto é, virem a governar.») (Waldeck-Rousseau)
Por motivos semelhantes, os governados, devem
acima de tudo, se opor, inexoravelmente, para a transformação do ministério
pessoal, em comitês governamentais.
De acordo com as considerações emitidas no Capítulo III –
Funções e Deveres dos Governantes,
contido no artigo - Recruta-se um Estadista, de P. A . Lacaz - desta
pesquisa de Emile Corra, e que, para a maioria, logicamente, tomando parte
aqui, que todo verdadeiro poder, se resumir em um indivíduo. O público tem o
interesse maior então, para achar em face disto, as personalidades
responsáveis, em vez desta comissão proteiforme, cujas decisões anônimas,
permitem a cada membro se desculpar falsamente das faltas cometidas, se
escondendo, atrás da preponderância da maioria.
De todas estas considerações, é permitido concluir que, não mais que a função governamental, a
função eleitoral, não convém as pessoas jovens. Sendo dado as experiências dos
homens e dos fenômenos sociais que o exercício prudente desta função, supõe a
influência que ela tem hoje em dia, na vida política, teríamos um sério
problema, ao reduzir a idade, na qual os homens são recrutados, para pesar sobre os destinos de seu País.
Em todo caso, jovem ou velho, os governados estão
estranhamente enganados, quando eles acreditam na onipotência do Estado, quando
eles o invocam como uma nova divindade, e solicita-lhe que tome providencia,
pela multiplicidade de leis, à suprir a insuficiência da moralidade.
O papel do governo, é no fundo, limitado. Conservar o
organismo social no qual ele é o Chefe, advertir isto contra todos os perigos,
manter a ordem, a disciplina e o vigor, para prever e preparar o futuro; desta
forma favorecendo a evolução
progressiva, enquanto deixando, para todas as iniciativas beneficentes,
a faculdade para emergir e exercitar – as Atividades Temporais, separadas das
Atividades Espirituais : eis suas tarefas ou atribuições essenciais.
Mas o Governo, nem a Lei, podem nos dotar de Inteligência,
de bom senso, de entusiasmo, de moderação em apetites, da integridade, da
lealdade, do desinteresse, da bondade
em nossas relações com nossos concidadãos; todas as coisas, porém, que importam
mais para nossa felicidade comum e que são mais fáceis de instituir que uma legislação, mesmo imperfeita.
Nós colaboramos em tudo para a Vida da Sociedade -
Sociabilidade; nós temos todos, deveres sociais, que nós devemos desempenhar
voluntariamente, sem ser imposto ou forçado pelo governo.
De fato, o governo não tem funções particulares ou privadas
(1). Augusto Comte, Política Positiva, II, pág. 297.
É necessário reconhecer que desde que os povos civilizados
conquistaram o direito para intervir em assuntos públicos, eles têm
implicitamente aceito estas
responsabilidades e assumem vários deveres para os quais seus
precursores, sobretudo em especial a multidão escrava da antigüidade, que não
foi coagida.
Daqui por diante, «todos os cidadãos contribuem para a
conservação e o aperfeiçoamento do Estado «(2).). Augusto Comte - Política
Positiva, II, pág. 297.
A Sociedade não pode prosperar, se eles, os governados, isto
é, aqueles que têm por obrigação em depurar as virtudes cívicas; e lhes faltam
o patriotismo; e se o individualismo os domina, se cada um deles só se preocupa
com os seus próprios interesses e tem suas vidas reclusas ou solitárias, na concha do egoísmo; em uma palavra, com
certeza, a Moral pessoal, doméstica e social estão debilitadas. Eis o Brasil de Hoje – 215/2004 . Esta
patologia social surgiu, muito mais intensamente, após a Revolução de 64, com
os liberalistas – Sarney - Color de Mello - FHC. Em 15 anos de Getúlio Vargas e
20 anos de Regimen Militar, as Escolas ainda ensinavam Educação Moral e Cívica.
Hoje é fazer média, fraudulenta *, para a estatística da ONU. Gerando um País
de Mentirosos e de Corruptos; desta forma nenhuma economia, que vise a Rés -
publica vai para frente; seja lá qual for o plano econômico. * Os alunos são
transferidos de classe, mesmo sem saber nada. O mérito foi para o brejo. A
Educação, não é Instrução, que era realizada pelos Pais, foi bloqueada,
pelo Estatuto da Criança; onde criança tem direito sobre os Deveres dos Pais e
dos Educadores; isto tudo já nos levou a uma Geração, de homens podres. Será
que isto tudo, não foi premeditado? Economia sem base Moral, não evolui
pacificamente para a melhora da maioria. Gera os Conflitos, à nível horrendo.
Recentemente, na região da Ribeira, no Estado de São Paulo, foi
impregnada por um fungo, que ao destruir os pés de banana, fez com que a região plantada tenha que ficar 2 anos em
quarentena. Nenhum agricultor avisou o outro que estava com a doença. E com
esta atitude, fez com que a doença se alastra-se em toda a região. A formação
destes agricultores não é altruísta. Quando os primeiros perceberam a doença,
se calaram, não por ignorância científica, e sim por egoísmo : aqueles que estavam
contaminados, não avisando aos demais vizinhos, poderiam continuar vendendo até
apodrecer toda sua plantação, e pouco se importando com os demais que estariam
sendo contaminados; para destruição do todo. Eles jamais fizeram o bem à
alguém, fora do nível de Família. Agora todos estão prejudicados. Agora todos
sem emprego. Se os contaminados
tivessem avisado à tempo, os contaminados estariam sem os seus plantios,
mas teria emprego em outro canto – no vizinho sem a praga , que teria sido
tratada à tempo. Como cada um com praga,
só pensou nele, está ai o resultado. Todos sem Emprego. Não adianta
multa etc. assunto, não é do campo material e sim do campo moral. As soluções
são diferentes.
Estes são algumas considerações elementares que os socialistas grandemente desconsideram na construção subjetiva da sua sociedade futura.
Nós não podemos estabelecer o padrão do Civismo individual e do Bem Estar Individual, disse o presidente Theodoro Roosevelt, nós não podemos elevar o padrão nacional, e fazer o que pode e deve ser feito, cuja condição, que cada um de nos se lembre constantemente, daquele que não é capaz de nada ou pode quase nada substituir nas qualidades de verdade, de justiça, de coragem, de economia, de indústria, de bom senso, de sincera simpatia e confraternização por outrém, monótono, banal e velho como o mundo». ). Discurso sobre a questão do trabalho - Artigo do Século, 3 de setembro de 1900: em A Vida Intensa – Editor Flamarion, pág. 259.
Em resumo, os governados têm que se comportar, primeiro, como bons cidadãos, e o interesse público não pode ser garantido adequadamente pelo governo, se a maioria, pelo menos, dos membros da sociedade livremente subordinada, de seus sentimentos pessoais ao sentimentos sociais; e ao mesmo tempo reconhece que o homem deve viver, de parti pris, isto é, de opinião preconcebida, como ele vive espontaneamente, para a Família, para a Pátria e para a Humanidade.
Então, os governados têm por dever, não só, não
reclamar do governo, das melhorias que
eles mesmos podem realizar; mas novamente para não perturbar devem apoiar, com
energia, com todas as medidas que o leva para a proteção dos seus interesses
coletivos; os planos do orçamento podem cobrar o cumprimento do cronograma e o
valor orçado.
Eles, os governados, têm que se convencer que as funções
mentais são bastante complexas e difíceis, aquele não
leva prazer para os impedir, que os governantes, requerem uma
preparação, de conhecimento científico, de
faculdades e uma capacidade toda especial. Enfim os governados devem evitar de
fazer singelamente, o jogo do caloteiro ou larápio político, que tem o único
objetivo de desejar substituir aqueles que detém o poder, se fortificando à
incrementar suas ações ou seus projetos; e argumentando com lances de atitudes,
ao jogar uns sobre os outros, com promessas falaciosas, que os políticos
caloteiros fazem ao povo, ignorante e sem vasta
cultura.
Todos aqueles que não almejam o poder, devem pelo contrário,
serem educados pelo respeito aos homens de Estado – Estadistas – desde que
estes satisfaçam de forma conscenciosa sua função social,
o que é, como qualquer um diz, no caso geral; porque, permitindo as massas
desfrutarem, sem preocupações, todas as vantagens da paz social, e assistindo
decima com segurança, a prosperidade, o futuro das suas Nações; eles, os
Estadistas, devolvem pelos serviços com os quais o público, não pode de forma
alguma apreciar todo o valor, visto que os mais elementares, e por conseguinte,
os mais importantes destes tipos de serviços, fogem ao seu controle.
Realmente, « Mais um homem, é hábil, mais ele sente o ônus ou fardo do governo, do qual ele é comissionado
ou encarregado», diz Richelieu. (1)
«Uma administração pública ocupa, de melhor forma os melhores
espíritos, que as perpétuas meditações, as que são constrangidas para prever e
prevenir os males que podem advir; privam-nos de repouso e de contentamento,
fora do que podem receber; vendo muitas pessoas, que dormem sem temor, à sombra
das suas vigílias, e viverem felizes
pelas suas misérias. » (1). Richelieu Testamento Político – Segunda Parte - Capítulo -
IV - Quanto a Previdência é Necessária ao Governo de
um Estado.
Normalmente, os governados se abstém de criticar, de uma
maneira malévola as instituições governamentais e os seus representantes, que
necessariamente, não serão jamais exemplos de imperfeição.
Porque estas críticas, infalivelmente levam em debilitar, desacreditar, e arruinar o governo; minados por elas – as críticas – o governo desaba em decadência, fica impotente para reagir contra os poderes locais e os ataques individuais; e chega o momento, onde nem ele mesmo, principal sustentáculo da força pública, recurso supremo da ordem, contra a anarquia, mas que se encontra ele mesmo, debilitado, quando o apoio da opinião pública, não o sustenta, isto é, o faz trair.
Nestas condições é com
certeza ocorrer - a história fornece
alguns exemplos criminais - que todos os que comandam esta força, sejam
tentados de se retirar da subordinação ou dominação do Governo Civil,
para o qual deve sempre estar subordinado rigorosamente, e, sob o pretexto de
restaurar a autoridade arruinada, a mudar a direção das finalidades pelas quais
ela é instituída, dentro do objetivo de
satisfazer suas ambições pessoais.
Finalmente, os governos tem que se curar da doença
revolucionária e a ilusão perigosa, de que o Progresso se torna realidade, pela
brutalidade, através de explosões sucessivas. É por esta principal razão que devemos primeiramente
escrever uma Constituição Societocrática, um Código Civil e Criminal,
compatível com a Constituição, Um Plano de Educação Científico, bem como
Educarmos as Mães e os Pais e as Crianças, e um Plano Econômico, não muito
diferente do que ai está, e simultaneamente alterarmos com redução, o poder
político dos políticos. E gradativamente irmos alterando as mudanças de
formação Moral de nosso povo, em menos de uma geração. Com base em um grupo
seleto de cidadãos – de Escol, para Governar esta nossa Nação, para o Bem
Público; no entanto algumas vezes, há necessidade de se determinar um ato cirúrgico,
em alguns órgãos
patologicamente afetados, do regimen social; e em certos casos, isto só se
efetua, por meio do Judiciário, e se este não der conta, em prazo determinado, pelo fazer cumprir as Leis, as Forças Armadas entram em
ação; que têm por formação vigiar Moralmente, Intelectualmente e Materialmente
a Nossa Nação; participando ativamente da Câmara de Orçamento e Gerenciamento e
do Congresso Societocrático, com no máximo 10% dos seus membros.
Certamente,
a revolução é legítima, na época em que a Violência
Moral, isto é, a falsidade religiosa, a
restrição a liberdade religiosa; a não separação da Igreja do Estado – Temporal
/ Espiritual; a Liberalidade e o descontrole dos Vícios; Violência
Intelectual, isto é, a predominância da não interpretação científica dos
fatos; e a Violência Prática, isto é, a anarquia, a desordem, no campo
material (física e financeira), com a perda de noção de Rés – pública, estiverem
imperando na Nação, que o paroxismo do poder cívico, é o único meio de
reverter as instituições carunchadas ou apodrecidas,
da Moralidade, da Intelectualidade e da Materialmente atingidas; por
exemplo, foi a última razão do povo Holandês contra Felipe II; na Inglaterra,
contra Charles I, nas colônias inglesas do Norte de América, contra a tirania
metropolitana; na França, após a fracasso da tentativa de Turgot. Não obstante,
ela não saberia jamais constituir uma forma de desenvolvimento. Nenhum organismo
subsiste quando ele é o foco das perturbações nacionais permanentes.
De outros lugares, as revoluções são dos acidentes
históricos. O progresso coletivo, como o progresso individual, resulte de uma evolução
lenta: o pretenso progresso gerado pela revolução, não é o desenvolvimento da
ordem; é a instituição de uma nova ordem social,
mais aperfeiçoada do que aquela que ela substitui.
«Não existe nenhuma reforma de uma só vez, imediata e radical»
(1). Augusto Comte
Realmente, a pessoa não pode modificar a função sem
modificar os homens. Pois, os homens só mudam com uma extrema lentidão.
Para tudo foi necessário uma continuidade de séculos
convergentes para que os povos passassem de selvagens para bárbaros; da
barbarismo para a civilização; da escravidão à servidão; e da servidão para a
liberdade.
Nenhuma data precisa pode ser nomeada a estas imensas
mudanças, porque cada uma delas supõe, não só uma renovação de idéias, mas
novamente uma adaptação obstinada, para o novo regime, interesses, situações,
das memórias humanos e da mesma constituição, do organismo social.
Assim explique-se : por um lado, a impopularidade e a esterilidade das tentativas prematuras que a maioria dos grandes ministros e os monarcas progressivos da Europa fizeram, no final do século de XVIII°, para precipitar a marcha dos seus compatriotas, para um melhor estado social ; por outro lado, a natureza efêmera de uma multidão de decisões, destituído de raízes cujo o Revolução francesa tomou a iniciativa.
Mas um plano de reforma é vasto e profundo, mas sua realização é lenta e laboriosa, no entanto seus partidários são interessados em manter a Ordem, Como disse Danton, “ só se destrui, aquilo que se substitui” .
A Ordem, só, encoraja a aglutinação das idéias
saudáveis e a modificação íntima das inteligências e dos costumes (hábitos), que
sempre têm que preceder aquelas das instituições; de forma que estes últimos,
sejam duráveis e fora do alcance das reações; ele
é muito mais desejável, nesta nossa época, pois que a revolução decisiva,
que colocará a Humanidade em sua direção normal, é muito mais Intelectual e
Moral, que Política.
Ao excesso, ele é um manifesto
que a mente revolucionária e o método revolucionário, para os quais tantas
mentes mal esclarecidas, acordam até que
sua preferência pela orientação e pela melhoria das sociedades humanas,
não são mais que um retorno ao velho despotismo da violência.
Os atuais revolucionários, os mais honrados, são geralmente
dos fanáticos, que gostariam de impor, pela autoridade, as concepções suas
arbitrárias.
Quanto
aos outros, eles são estimulados pelos sentimentos egoístas, confirmados pelas
ganancias individuais, e por idéias de substituição de pessoas.
Mais que quem, eles são a prova viva que a hipertrofia do
individualismo é o mal profundo que corroe as sociedades contemporâneas e que o
grande problema grande das políticas consiste, agora, em substituir, «para a
discussão tempestuosa dos direitos, o desenvolvimento tranqüilo do cumprimento dos deveres» (1). Augustus Comte
Nenhuma pergunta social é mais urgente, nem mais séria ou
grave. É a esta tarefa benéfica que a elite dos governados deve prestar a sua
mais ativa concordância.
Então, qualquer que seja o aspecto debaixo da qual a
inteligência positiva os considera, os deveres políticos dos governados, consiste
em formar uma rasoável opinião pública, esclarecida, atenta, homogênea,
controlada, como deve ocorrer com os Governantes, pela noção do Bem
Público.
Só estão debaixo desta forma, aqueles que podem cumprir com vigor e proveito a função natural de controlar o governo, com sagacidade, para influenciar utilmente e conduzir a terrivel força numérica, que realmente não existe, para a condição onde os vários elementos que a compõe, sejam solidamente agregados e coordenados.
P. S. ) “Assim um médico que pode
prevenir moléstia, é mais estimado do que aquele que trabalha em curá-las” . Richelieu - Testamento Político – Segunda Parte
- Capítulo - IV - Quanto a Previdência é
Necessária ao Governo de um Estado.
Emile Corra / P. A . Lacaz
CHAPITRE IV
Fonctions et devoirs des gouvernés.
Le bon sens et
la philosophie de que la fonction politique, normale, des gouvernés, est faire
connaître leurs besoins et leurs désirs, de sans malveillance, le pouvoir, dans
le but de le continuellement à la considération de l'intérêt enfin de faire un
choix judicieux de discuter le budget et de collaborer, avec le meut, à
l'établissement des lois.
La liberté est donc absolument nécessaire aux
nés pour exercer leur fonction.
C'est ainsi que
les libertés de penser, de d'écrire, de se réunir, de s'associer, sont devenues
deviennent, de jour en jour, les bases fondanlentales l'ordre social moderne.
Mais la liberté
n'est pas un principe extérieur l'humanité ; ce n'est pas une force naturelle
indépendante de nous. C'est un fait social, contingent et c'est le résultat
d'institutions humaines qui ont été
conçues et fondées pour le service et l'amélioration de société, et non
dans le but de favoriser les intentions les moyens de lui nuire. La liberté est
conditionnée l'intérêt public; elle ne légitime ni líndividualisme absolu, ni
la licence des moeurs, ni l'anarchie, ni coalition contre les intérêts
généraux, attendu que sortes de libertés ne bénéficient qu'à quelques uns et
peuvent s'exercer qu'aux dépens de la liberté autres.
Même, sous le
simple point de vue économique, la liberté déréglée n'a d'avantages que pour
les forts n'aboutit qu'à l'exploitation et à la servitude des faibles.
Or, l'oeuvre entière de la civilisation est une réaction
incessante contre un pareil fait.
De même encore, on ne saurait
considérer comme intangible la liberté qui consiste à répandre, sciemment, des
mensonges et des calomnies sur tous ceux qui sont investis de fonctions publiques,
sous prétexte qu'on ne partage pas leurs opinions politiques ou
confessionnelles et qu'on a le droit d'assimiler, à jes malfaiteurs, ceux qui
les professent.
Ce genre de liberté doit, au contraire,
être sévèrement réprimé ; d'une part, dans l'intérêt de la dignité de la
presse, qui se trouverait alors purgée de la poignée de coquins de lettres,
dont le seul talent consiste à cribler, lmpunément les hommes d'Etat, de leurs
projectiles empoisonnés; d'autre part, dans l’intérèt de la morale et de l'ordre
publics.
EII effet, si la liberté d'appréciation
est respectable, le gouvernement l'est plus encore; il importe davantage à
l’harmonie sociale et il est aussi nuisible qu'absurde de trater sans cesse ses
représentants en coureurs de grands chemins.
A tout le moins, auculie raison sociale
ne justifie la juridiction spéciale instituée, en France, pour les délits. de
presse, coiumis à l'égarù des hommes publics; la connaissance de ces délits
pourrait, sans aucun inconvénient, ètre restituée aux tribunaux de droit
commun, avec cette réserve que, dans ces cas, les inculpés conserveraient la
faculté de faire la preuve de leurs articulations. Tous les intérêts légitimes
seraient ainsi sauvégardés.
Quoi qu'ii en soit, sans renoncer à
aucune des libertés publiques, si chèrement conquises, sans négliger de les
défendre, avec une ardeur jalouse, contre les menaces. prendre garde de les
rendre odieuses, en abusant ils doivent en user avec sagesse, pour le bien de
société, autant que pour le leur, et ne janiais bannir de leur exercice les
cnnsidérations sociales qui justifient leur institution.
C'est pourquoi il n'y a'pas lieu de
s'alarmer des inévitables, auxquels la pratique de la liberté conduit, dans les
époques de transformation, quand ces sont provoqués par la passion du nième
utopique, de l'oùanisme collectif.
« Souvent,
disait Montesquieu, les états plus dans le passage insensible d'une
constitution à ' autre qu'ils ne le faisaient dans l'une ou l'autre de
constitutions. C'est pour lors que tous les ressorts gouvernement sont tendus,
que tous les citoyens ont prétentions, qu'on s'attaque et qu'on se caresse, et
y a une noble émulation entre ceux qui défendent constitution qui décline et
ceux qui mettent en celle qui prévaut » (1). Espirite des Lois, liv XI, chap.
XIV
Outefois, dans
les sociétés Occidentales raines,- le contrôle du pouvoir; par l'ensemble
s'exerce principalement au moyen de l'électorat, table fonction sociale (2),
qui doit être remplie scrupules et la gravité que toutes les fonctions de
nature impliquent. Voir Pierre Laffitte : Revue Occidentale, 1885, p.194
Dignement envisagée, la fonction
électorale consista manifester, d'une manière effective, tales, à faire surgir les pouvoirs
politiques, à les candidats sincères des exploiteurs de la popularité, à juger
les mandataires consciencieux, avec et respect, à donner l'appui de l'opinion
publique hommes expérimentés et aux véritables serviteurs l'intérêt général.
Cette tâche est souvent très difficile,
il faut en conlenir, en raison du fourmillement de personnalités ambitieuses
qui s'agitent lors des périodes électorales. Cependant, un critérium permet aux
gouvernés de circonicritre leurs chances de Îméprises ; ils doivent
résolument répudier tous ceux qui cherchent, dans la politique des moyens
d'existence (1), tous les charlatans du patriotisme qui, spéculant sur les
vieux instints sanguinaires et sur la puérile vanité des peuples, cherchent à
les précipiter dans les aventures guerriéres, tous les démagogues et tous ceux
qui font usage de procédés que la morale vulgaire réprouve.(1) « La
politique nést pas un but ; elle ne doit surtout pas être une
carrière ; elle est un service public. On n’y doit rester qu’autant quón
peut s’y croire utile. – Waldeck-Rousseau.
« S’il y
a une tendance qui, plus qu’aucune autre, soit aujourd'hui malsaine et
repoussante, dit le président Roosevelt (Theodoro
Roosevelt- 26 º presitant de le USA - 1901-1909 ) , dans un excellent
langage qui s'adresse réellement à tous l’peuples, c'est la tendance à deifier
le simple brio, dépouillé de tout sentiment de responsabilité morale. Nous ne
ferons jamais de notre république ce qu'elle devrait être, tant que, comme
peuple, nous ne considérerons pas et ne pratiquerons pas comme une doctrine que
le succès est horrible, lorsqu'il est obtenu aux dépens des principes
fondamentaux de la moralité.
Nous ne ferons
jamais de notre république ce que elle devrait être, tant que, comme peuple,
nous ne considérerons pas et ne pratiquerons pas comme une doctrine que le
succés est horrible, lorsque il est obtenu aux dépens des principes
fondamentaux de la moralité.
L'homme qui
réussit, soit en affaires, soit en politique et qui s'élève, sans remords de
conscience, en friponnant ses voisins, à l'aide de la fourberie et de la
chicane avec une audace et une ruse dénuées de tout scrupule plend en vers la
société, l'attitude d'une dangereuse bète fauve. La vile et rampante
admiration, qu'une telle carrière
recueille parmi ceux qui pensent de travers ou pas du tout, rend cette
sorte de succès peut-être la plus dangereuse de toutes les influences qui
menacent notre vie la politique n'est pas un but ; elle ne doit
surtout pas être une carrière ; elle est un service public. On n'y doit rester
qu'autant nationale. Le drapeau de notre conduite publique privée ne sera
jamais élevé au niveau convenable que le poids d'une opinion publique hostile
ne se pas sentir au coquin qui réussit plus encore qu'au coquin qui échoue »
(1). Aaarticle du Century, juin 1900 : in La Vie Intense –Flamarion èdit,
p. 36
D'autre part,
les gouvernés ne doivent pas sur la nature et l'importance du rôle qu'ils ont à
dans l'activité politique.
Ils n'ont déjà
plus la naiventé de croire qu'ils une souveraineté infaillible, capable de tout
mais ils doivent, en outre, comprendre que, selon juste remarque d'Auguste
Comte, le vice radical suffrage, universel ou restreint, c'est d’instituer le
jugement des hommes supérieurs par les inférieurs, et général ils ne
sont pas plus compétents pour dicter solutions aux hommes d'Etat que les
malades ne le pour indiquer leur traitement aux médecins.
Ils doivent se
borner à signaler leurs maux, à muler des aspirations raisonnables, à faire
leur avis sur les mesures prises ou projetées, sans tendre imposer
impérativement celui-ci.
A plus forte
raison, les gouvernés doivent ils se de réclamer l'extension de la fonction
électorale et vouloir l'appliquer à la nomination des de l'ordre exécutif. Ils
seraient, au contraire, mieux inspirés, en s'efforçant d'obtenir : que la des
députés fût réduite dans une proportion considérable ; que l'initiative, sinon
la puissance législative, réservée au gouvernement qui, parfois, est contraint
renoncer à des lois d'intérêt général, auxquelles assemblées représentatives, organes
des intérêts font invinciblement obstacle; et que ces ,fussent ramenées à leur
rôle norinal, essentiel (1), c'està-dire à la surveillance du gouvernement et
au contrôle sévère des budgets. Car la perpétuelle poussée des intérêts, jointe
à la coupable légèreté avec laquelle les Parlements procèdent à l'examen des
propositions de dépenses aggravent continuellement les charges des
contribuables et il en résulte, à la fois, un malaise croissant pour tel
générations présentes et une menace de détresse pour les générations futures. (1 - « Le rôle des Chambres est d’exercer um
contôle incessant sur les actes des ministres ; mais ce rôle n’est pas de
cherche à gouverner à leur place ») (Waldeck-Rousseau)
Pour de semblables motifs, les gouvernés doivent, par dessus
tout, s'opposer, inexorablement, à la transformatien du ministériat personnel
en comités gouvernementaux.
Suivant les considérations émises dans la première partie du
chapitre III de cette étude, et qui, pour la plupart, auraient pu, logiquement,
prendre place ici, tout pouvoir véritable se résume dans un individu. Le public
a donc le plus grand intérêt à trouver, en face de lui, des personnalités
responsables, au lieu de ces commissions protéiformes dont les décisions
anonymes permettent à chaque membre de se disculper perfidement des fautes
commises, en se retranchant derrière la prépondérance de la majorité.
De toutes ces considérations, il est permis de conclure que,
pas plus que la fonction gouvernementale, la fonction électorale ne convient aux
jeunes gens. Étant données l’experiéncedes hommes et des phénomènes sociaux.
Que l'exercice judicieux de cette fonction suppose, l'influence qu'elle a de
nos jours, sur la vie politique, il y aurait un' sérieux intérêt à reculer
l'âge auquel on est admis à peser sur les destinées de son pays.
Dans tous les cas, jeunes ou vieux, les gouvernés s'abusent
étrangement, quand ils croient à l'omnipotence de l'État, lorsqu'ils
l'invoquent comme une velle divinité et lui demandent de suppléer, parla
multiplicité des lois, à l'insuffisance de la moralité.
Le rôle du gouvernement est, au fond, limité.Conserver
l'organisme social, dont il est le chef, le prémunir contre tous les périls, y
maintenir l'ordire, la discipline et la vigueur, prévoir et prépareir l'avenir,
' l'évolulion progressive, en laissant, à toutes les initiatives bienfaisantes,
la faculté de surgir et de s'exercer : sont ses attributions essentielles.
Mais
le gouvernement, ni la loi, ne peùvent donner de l'intelligence, du bon sens,
de l'énergie, l'empire sur nous-mêmes, de la modération dans appétits, de la
probité, de la loyauté, du désintéressement, de la bienveillance dans nos
relations avec concitoyens, toutes choses, cependant, qui plus à notre bonheur
commun et qui sont plus faciles instituer qu'une législation même imparfaite.
Nous collaborons tous à la vie de la société ;avons tous des
devoirs sociaux que nous devons volontairement, sans y être contraints par
lement.
En réalité, il n'y a pas de fonctions privées (1). Auguste
Comte Politique Positive, II, p. 297.
Il faut même reconnaître que, depuis que les peuples
civilisés ont conquis le droit d'intervenir dans publiques, ils ont
implicitement acceptè des responsabilités et assumé des devoirs auxquels leurs
devanciers, surtout la multitude asservie de l'antiquité, n'étaient astreints.
Désormais, « tous les citoyens concourent à la conservation
et au perfectionnement de l'État « (2). ). Auguste Comte Politique
Positive, II, p. 297.
La société ne peut prospérer, s'ils sont eux-mêmes dépourvus
de vertus civiques, s'ils manquent de patriotisme, si l'individualisme les
domine, si chacun d'eux ne se préoccupe que de ses propres intèrèts et vit
reclus dans la carapace de son égoïsme, en un mot, si la moral personnelle,
domestique et sociale, est débilitée.
Ce sont des considérations èlémentaires que les
collectivistes négligent beaucoup trop dans la construction subjective de leur
société future.
Nous ne pouvons établir l'étendard du civisme individuel et du
bien être individuel, dit encore le président Theodoro Roosevelt, nous ne pouvons élever l'étendard national et
faire ce qui peut et doit être fait, qu'a la condition que chacun de nous se
rappelle constamment qu'on ne peut rien substitueiaux qualités de vérité,
de,justice, de courage, d'épargne, d'industrie, de sens commun, de sincère
sympathie et confraternité pour autrui, monotones, banales et vieilles comme le
monde ».
Bref, les gouvernés doivent se conduire, d'abord, en bons
citoyens, et l'intérêt public ne peut être convenablement garanti par le
gouvernement que si la majorité, tout au moins, des membres de la société
subordonne, librement, ses sentiments personnels au sentiment social et
reconnaît que l'homme doit vivre, de partipris, comme il vit spontanément, pour
la Famille, pour la Patrie, pour l'Humanité.
Donc, les gouvernés ont pour devoir, non seulement, de ne
pas réclamer du gouvernement des améliorations qu'ils peuvent réaliser
eux-mèmes, mais èncore de ne pas le troubler et de l'appuyer, avec énergie,
dans toutes les mesures qu'il prend pour la sauvegarde de leurs intérêts
collectifs.
Ils doivent se convaincre que les fonctions mentales sont
assez complexes et assez difficiles, qu'on ne prenne pas plaisir à les
entraver, qu'elles exigent une préparation, des connaissances, des aptitudes,
et une capacité'toutes spéciales ; ils doivent éviter enfin faire, naïvement,
le jeu des escrocs politiques, qui, dans le but unique de se substituer à ceux
qui détiennent le pouvoir, s'ingénient à incriminer leurs actions, ou leurs
projets, et à surenchérir, les uns sur les autres, dans les promesses
fallacieuses qu'ils font au public ignorant.
Tous ceux qui n'aspirent pas au pouvoir doivent, contraire,
être remplis de respect pour les d'État qui accomplissent consciencieusement
leur fonction, ce qui est, quoi qu'on dise, le cas général ; car, permettant
aux masses de jouir, sans inquiétudes, tous les avantages de la paix sociale,
et en veillant sur sécurité, la prospérité, l'avenir des nations, ils des services
dont le public ne peut nullement toute la valeur, attendu que les plus
élémentaires, et, par suite, les plus importants de ces services, son
observation.
En effet, «
plus un homme est habile, plus il ressent faix du gouvernement dont il est
chargé », dit Rechilieur.
« Une
administration publique occupe tellement meilleurs esprits que les perpétuelles
méditations sont contraints de faire pour prévoir et prévenir les maux qui
peuvent arriver, les privent de repos et de contentement, hors de celui qu'ils
peuvent recevoir, voyant beaucoup de gens dormir sans crainte à de leurs
veilles et vivre heureux par leur misère » (1).Rechilieur Testamente politique
Les gouvernés
doivent donc, habituellement, s’abstenir de critiquer, d'une manière
malveillante, les instituitions gouvernementales et leurs représentants qui,
necessairement, ne seront jamais exempts d'imperfection.
Car ces
critiques finissent infailliblement par affaiblir discréditer, ruiner le
gouvernement; miné par elles il tombe en déliquescence, devient impuissant à
réagir contre les pouvoirs locaux et les attaques individuelles et l'heure
arrive où il n'est même plus maître assuré de la force publique, ressource
suprême de l'ordre contre l'anarchie, mais qui se trouve elle-même énervée,
quand l'appui de l'opinion lui fait défaut.
Dans ces
conditions, il est fort à craindre - l'histoire en fournit de criminels
exemples - que ceux qui commandent cette force soient tentés de se soustraire à
la domination du gouvernement civil, auquel elle doit toujurs être
rigoureusement subordonnée, et, sous prétexte de restaurer l'autorité délabrée,
la détournent des fins pour lesquelles elle est instituée, dans le but de
satisfaire leurs ambitions personnelles.
Enfin, les
gouvernés doivent se guérir de la maladie révolutionnaire et de la dangereuse
illusion que le progrés s’accomplit brutalement, par explosions successives.
Certes, la révolution est légitime
lorsque la violence, qui n'est alors que le paroxysme de l'énergie civique, est
le seul moyen de renverser les institutions vermoulues ; elle fut, par exemple,
la dernière raison du peuple hollande contre Philippe II, en Angleterre, contre
Charles 1er, dans les colonies anglaises du Nord de l'Amérique, Contre la
tyrannie métropolitaine, en France, aprè l’echec de la tentative de Turgot.
Néanmoins, elle ne saurait jamais constituer un mode réguler de développement.
Aucun organisme ne subsiste quand il est le foyer de perturbations intestines
permanentes.
D'allleUrs, les révolutions sont des accidents
historiques Le progrès collectif, comme le progrès individuel, resulte de une
evolution lente : il n'est que le
développement de l'ordre; c'est l'institution d'un ordre social nouveaux, plus
perfectionné que celui qu'il remplace.
« Il n’y a pas de reformes à
la foi immédiates et radicales »(1). Auguste Comte
On ne peut, en effet, modifier la fonction sans modifier les
hommes. Or, les hommes ne se transforment
qu’avec une extrême lenteur.
Il a fallu toute une continuité de siècles convergents pour
que les peuples passent de la sauvagerie à la barre, de la barbarie à la
civilisation, de l'esclavage servage, du servage à la liberté.
Aucune date précise ne peut être assignée à ces menses
changements, parce que chacun d'eux suppose, non seulement une rénovation des
idées mais encore une adaptation persistante, au régime nouveau, des intérêts,
des situations, des rapports humains et de la constitution même de l'organisme
social.
Ainsi s'expliquent : d'une part, l'impopularité et la
stérilité des tentatives prématurées que la plupart grands ministres et des
monarques progressistes d’Europe ont faites, vers la fin du XVIII° siècle, pour
hâter marche de leurs compatriotes vers un état social meilleur ; d'autre part,
la nature éphémère d'une multitude de décisions, dépourvues de racines, dont la
Revolution Française a pris l'initiative.
Plus un plan de réformes est vaste et profond, plus as
realisation est lente et laborieuse, plus ses partisans intéressés au maintien
de l'ordre, On ne détruit que qu'on remplace.
L'ordre, seul, favorise la pénétration des idées saines et
la modification intime des intelligences et des moeurs, qui doit toujours
précéder celle des institutions, pour que ces dernières soient durables et hors
d'atteinte réactions ; il'est d'autant plus désirable, à notre époque, que la révolution décisive, qui mettra
l'Humanité dans as voie normale, est beaucoup plus intellectuelle et morale que
politique.
Au surplus, il est manifeste que l'esprit révolutionnaire,
la méthode révolutionnaire, auxquels tant d'esprits, mal éclairés, accordent
encore leur préférence pour l'orientation et l'amélioration des sociétés
humaines, ne sont qu'un retour à l'ancien despotisme de la violence.
Les révolutionnaires actuels, les plus honorables, sont généralement
des fanatiques qui voudraient imposer, d'autorité, leurs conceptions
arbitraires.
Quant aux autres, ils ne sont animés que par des sentiments
égoïstes avérés, par des appétits individuels, et par des idées de substitution
de personnes.
Plus que quiconque, ils sont la preuve vivante que
l'hypertrophie de l'individualisme est le mal profond qui ronge les sociétés
contemporaines et que le grand problème de la politique consiste, maintenant, à
substituer, « à l'orageuse discussion des droits, la paisible élaboration des
devoirs » (1). Auguste Comte
Aucune question sociale n'est plus pressante, ni plus grave.
C'est à cette tâche salutaire que l'élite des gouvernés doit prêter son plus
actif concours.
Donc, quel que soit l'aspect sous lequel l'esprit, positif
les envisage, les devoirs politiques des gouvernés consistent à former une
opinion publique raisonnable, éclairée, vigilante, homogène, dominée, comme les
gouvernants eux-mêmes, par la notion du bien public.
C'est sous cette forme seulement qu'ils peuvent remplir,
avec vigueur et profit, leur fonction naturelle, contrôler le gouvernement,
avec sagacité, l'influencer utilement, et rendre redoutable la force numérique
qui n'existe réellement qu'à la condition que les éléments-divers, qui la
composent, soient solidement agrégés et coordonnés.
ÉMILE CORRA
– Paris – Extrait de la Revue Positiviste Internationale des 15
Mai et 1er Juillet 1908 – Au Siège de la Societé Positiviste Internationale – 2,
rue Antoine – Dubois, 2 – Prés l´École de Medicine.
P. S.) " Aimez ce un docteur qui peut
prévenir la maladie, est plus cher que, que qui travaux dans les guérir ".
Richelieu - Testament
Politique - deuxième Permission - Chapitre - IV - Comme la Précaution est
Nécessaire au Gouvernement d'un État.